Ainda não pude visitar a
Bienal do Livro de Campos, mas pelas notícias e comentários que leio, o evento
já pode ser considerado um sucesso. Parabéns aos organizadores! Num município
com índices de qualidade da educação básica tão baixos - nunca é demais lembrar
a última colocação no IDEB - é louvável a realização de evento como a Bienal,
um verdadeiro estímulo ao desenvolvimento cultural da cidade. A presença de
diversos autores de reconhecimento nacional, celebridades de diversos setores e
a abertura de espaço para os escritores da região também são dignas de elogios.
Mas o que a Bienal não
pode esconder, é a inutilidade do CEPOP e os custos que temos que arcar para
que a prefeitura faça adaptações no local, a fim de receber outros eventos que
não somente o desfile das escolas de samba.
Recentemente, foi
publicado no Diário Oficial a homologação da licitação cujo objeto era a
contratação de empresa especializada em prestação de serviços de MONTAGEM,
DESMONTAGEM E LOCAÇÃO DE ESTRUTURA METÁLICA com sistema de refrigeração (ar
condicionado), piso, stand, decoração, iluminação e outras estruturas necessárias
para a execução da “VII BIENAL DO LIVRO EM CAMPOS DOS GOYTACAZES- RJ”, com
valor global de R$ 1.185.000,00 (um milhão cento e oitenta e cinco mil reais).
Ou seja, a fim de
possibilitar a realização da Bienal do Livro no CEPOP, a prefeitura gastou mais
de um milhão de reais para, dentro outras coisas, cobri-lo e dotá-lo de ar
condicionado.
Esse
fato demonstra que, na verdade, Campos precisava mesmo de um centro de
convenções – algo parecido com o de Macaé – que ao mesmo em que abrigaria eventos
públicos como a Bienal, estimularia o turismo de negócios, cujo potencial na
cidade é inegável, diante dos investimentos recebidos pela região nos últimos
anos.
Um
espaço como esse, multiuso, impediria gastos desnecessários e poderia ser
utilizado para uma infinidade de eventos, até mesmo para shows. Me parece muito
mais econômico montar, uma vez por ano, a estrutura para o desfile das escolas
de samba, do que, inúmeras vezes, ter que adaptar o CEPOP para realização de
outros eventos.
Mas
todo esse raciocínio serve apenas para demonstrar a falta de prioridade da
atual gestão. Com o CEPOP pronto, temos mesmo é que tentar dar alguma utilidade
ao local, para mitigar o desperdício do dinheiro público.
Bienal de Campos! Na abertura(Rosinha, Elba Ramalho e autoridades), um gerador pifou, com isso foi BREU de duas horas.
ResponderExcluirLocações péssimas. Nenhum encontro começou na hora. Vazia. Uma escuridão(parece trem fantasma).
Me decepcionei com a Bienal de Campos. Está certo que haja numa feira de livros estandes com venda de saldos e pontas, pois estes livros também têm que encontrar um meio de circular, mas nesse evento literário é só o que tem. Somado a isso, não há nenhuma organização dos estandes, em suma, não se consegue achar nada, impraticável!
A Bienal é sobretudo um lugar para que os editores mostrem o conjunto de sua produção, oferecendo descontos ao leitor como atrativo, mas o que eu vi aqui em Campos tornou o evento pouco interessante.
Vale dizer que a programação da feira tá bem legal, mas faltou o recheio do bolo!
BIENAL-UM FRACASSO
ResponderExcluirCom a cabeça nos bons resultados obtidos nas vendas realizadas na
6ª Bienal do Livro, realizada em 2010 na Praça São Salvador, é que editoras e livreiros de diversas partes do país aportaram em Campos na última sexta-feira, quando começou a 7ª edição do evento literário, no Centro de Eventos Populares Osório Peixoto (Cepop). Porém, no sexto dia de bienal, a insatisfação chegou ao limite, quando uma parcela significativa dos expositores resolveu protestar, fechando os estandes por cerca de uma hora, no começo da tarde desta quarta-feira. Um deles ameaçou abandonar o local, tirando todos os livros das prateleiras. O local, segundo eles, é afastado do centro urbano, o que inibe o interesse da população, além um sistema de transportes precário, que não atende ao público. Vários livreiros afirmam que não vão conseguir pagar as despesa.
De acordo com o representante da Top Livros, o curitibano Jair Sotoski, além da distância, há o problema com o transporte público, segundo ele, muito ruim. “Ouvi uma professora reclamar a falta de ônibus, tanto que ficou cerca de duas horas esperando para ir embora”, disse Sotoski.
Ele acrescentou que em 2010, a empresa registrou um dos melhores índices de venda em bienais, comparado com demais regiões brasileiras. Sotoski informou que 70% dos 54 expositores participam do rápido protesto.
O livreiro esclareceu também que os gastos para a participação em um evento como esse são elevados. Aluguel dos estandes e das máquinas de cartão de crédito, hospedagem, alimentação, transporte do material e pagamento de funcionários, são os principais itens na lista de investimentos.