quarta-feira, 28 de novembro de 2012

BIENAL, NOTA 10! CEPOP, NOTA 0!


Ainda não pude visitar a Bienal do Livro de Campos, mas pelas notícias e comentários que leio, o evento já pode ser considerado um sucesso. Parabéns aos organizadores! Num município com índices de qualidade da educação básica tão baixos - nunca é demais lembrar a última colocação no IDEB - é louvável a realização de evento como a Bienal, um verdadeiro estímulo ao desenvolvimento cultural da cidade. A presença de diversos autores de reconhecimento nacional, celebridades de diversos setores e a abertura de espaço para os escritores da região também são dignas de elogios.

Mas o que a Bienal não pode esconder, é a inutilidade do CEPOP e os custos que temos que arcar para que a prefeitura faça adaptações no local, a fim de receber outros eventos que não somente o desfile das escolas de samba.

Recentemente, foi publicado no Diário Oficial a homologação da licitação cujo objeto era a contratação de empresa especializada em prestação de serviços de MONTAGEM, DESMONTAGEM E LOCAÇÃO DE ESTRUTURA METÁLICA com sistema de refrigeração (ar condicionado), piso, stand, decoração, iluminação e outras estruturas necessárias para a execução da “VII BIENAL DO LIVRO EM CAMPOS DOS GOYTACAZES- RJ”, com valor global de R$ 1.185.000,00 (um milhão cento e oitenta e cinco mil reais).

Ou seja, a fim de possibilitar a realização da Bienal do Livro no CEPOP, a prefeitura gastou mais de um milhão de reais para, dentro outras coisas, cobri-lo e dotá-lo de ar condicionado.

Esse fato demonstra que, na verdade, Campos precisava mesmo de um centro de convenções – algo parecido com o de Macaé – que ao mesmo em que abrigaria eventos públicos como a Bienal, estimularia o turismo de negócios, cujo potencial na cidade é inegável, diante dos investimentos recebidos pela região nos últimos anos.

Um espaço como esse, multiuso, impediria gastos desnecessários e poderia ser utilizado para uma infinidade de eventos, até mesmo para shows. Me parece muito mais econômico montar, uma vez por ano, a estrutura para o desfile das escolas de samba, do que, inúmeras vezes, ter que adaptar o CEPOP para realização de outros eventos.

Mas todo esse raciocínio serve apenas para demonstrar a falta de prioridade da atual gestão. Com o CEPOP pronto, temos mesmo é que tentar dar alguma utilidade ao local, para mitigar o desperdício do dinheiro público.

2 comentários:

  1. Bienal de Campos! Na abertura(Rosinha, Elba Ramalho e autoridades), um gerador pifou, com isso foi BREU de duas horas.

    Locações péssimas. Nenhum encontro começou na hora. Vazia. Uma escuridão(parece trem fantasma).

    Me decepcionei com a Bienal de Campos. Está certo que haja numa feira de livros estandes com venda de saldos e pontas, pois estes livros também têm que encontrar um meio de circular, mas nesse evento literário é só o que tem. Somado a isso, não há nenhuma organização dos estandes, em suma, não se consegue achar nada, impraticável!

    A Bienal é sobretudo um lugar para que os editores mostrem o conjunto de sua produção, oferecendo descontos ao leitor como atrativo, mas o que eu vi aqui em Campos tornou o evento pouco interessante.

    Vale dizer que a programação da feira tá bem legal, mas faltou o recheio do bolo!

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  2. BIENAL-UM FRACASSO
    Com a cabeça nos bons resultados obtidos nas vendas realizadas na
    6ª Bienal do Livro, realizada em 2010 na Praça São Salvador, é que editoras e livreiros de diversas partes do país aportaram em Campos na última sexta-feira, quando começou a 7ª edição do evento literário, no Centro de Eventos Populares Osório Peixoto (Cepop). Porém, no sexto dia de bienal, a insatisfação chegou ao limite, quando uma parcela significativa dos expositores resolveu protestar, fechando os estandes por cerca de uma hora, no começo da tarde desta quarta-feira. Um deles ameaçou abandonar o local, tirando todos os livros das prateleiras. O local, segundo eles, é afastado do centro urbano, o que inibe o interesse da população, além um sistema de transportes precário, que não atende ao público. Vários livreiros afirmam que não vão conseguir pagar as despesa.

    De acordo com o representante da Top Livros, o curitibano Jair Sotoski, além da distância, há o problema com o transporte público, segundo ele, muito ruim. “Ouvi uma professora reclamar a falta de ônibus, tanto que ficou cerca de duas horas esperando para ir embora”, disse Sotoski.

    Ele acrescentou que em 2010, a empresa registrou um dos melhores índices de venda em bienais, comparado com demais regiões brasileiras. Sotoski informou que 70% dos 54 expositores participam do rápido protesto.

    O livreiro esclareceu também que os gastos para a participação em um evento como esse são elevados. Aluguel dos estandes e das máquinas de cartão de crédito, hospedagem, alimentação, transporte do material e pagamento de funcionários, são os principais itens na lista de investimentos.

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